terça-feira, 19 de janeiro de 2010

DRs

Sempre refleti do porquê de meus relacionamentos serem um grande fiasco. Aliás, meus relacionamentos amorosos. Meus amigos são muito grandiosos pra mim e nunca tive problemas com eles, até hoje.
Um amigo que já vem me dando trabalho veio querer ter uma DR comigo. Achei muito inapropriado uma vez que não tinha o porquê disso, acho que ele queria uma desculpa pra soltar os cachorros pra cima de mim porque faz um tempo tenho me portado de forma diferente.
Descobri que DR só piora a situação. Ou você fala o que te incomoda na hora, como venho fazendo, ou então aquele problema morre contigo. Porque uma vez que você espera um pouco pra falar, você perde a razão, torna algo minúsculo em algo muito maior do que realmente é. E isso acaba se tornando um peso na relação. Isso foi uma grande amiga que me ensinou, e acredito que ela esteja certa.
Vi, senti e vivi que toda vez que eu puxada uma DR, o clima só piorava. Acaba não resolvendo meus problemas e isso acabava pesando na relação. Fico pensando no porque de algumas pessoas não conseguirem superar alguns atritos. Da mesma forma que acontece comigo quando estou em uma relação. Por que?
Não é tão melhor deixar passar e pronto, vamos ser felizes de novo? Eu acho que sim, mas chega um certo momento que me perco. Não sei dizer ao certo o porque, mas me perco. Será que foi isso que aconteceu com meu amigo? Acho que fico muito envolvida na relação e isso acaba piorando tudo. O negócio é dar uma afastada pra ver melhor o que há de errado.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Meu verdadeiro Eu

Outro dia li que a morte não devia ser o fim da vida. Pois ela traz tanta aprendizagem, nos faz parar pra pensar, nos faz crescer e amadurecer tanto que seria um ganho tão grande para nós se não fosse o fim.
Isso me fez pensar muito, já que estou numa fase de "morte", ou melhor, algo em mim morreu esses tempos. Morreu meu relacionamento de 1 ano e um pouco mais de 4 meses. Já fazia um bom tempo em que estávamos patinando no mesmo lugar. Brigávamos muito e isso acabou desgastando demais a relação que tínhamos.Infelizmente não teve outro jeito: terminamos.
A princípio fiquei arrasada, achei que minha vida tinha acabado, não tinha mais motivo pra viver.
Grande besteira, não? Fato é que eu percebi que eu cresci demais com essa "morte"! E comecei um novo relacionamento já, um que eu negligenciei e abandonei pra viver aquele outro. Comecei a me namorar novamente! Nossa, como eu me amo! Como me faz bem estar de bem comigo mesma! Estou amando essa minha nova fase! Estou descobrindo tanto de mim mesma, estou me sentindo tão bem!

Vou fazer só uma observação aqui. Apesar do relacionamento estar me consumindo e desgastando e tal, eu tenho certeza que amo! A pessoa em si, mas o tipo de relação que acabamos por ter não funcionou pra manter o sentimento que tínhamos.

Pois é, eu tive que passar por isso pra aprender a me dar valor, a gostar de mim mesma, a descobrir quem eu realmente sou.
E eu tenho percebido que muita gente não se conhece realmente. Isso é uma consequência do ritmo de vida das pessoas de hoje em dia.
Eu percebi que as pessoas estão se deixando consumir pelo modo de vida que levam, e acabam nem sabendo quem elas realmente são, o que gostam, o que querem. Elas apenas vivem. Eu costumo comparar esse tipo de pessoa com robôs. Onde elas fazem por fazer, sem aquela motivação, aquela garra, essas coisas.
Imagina você vivendo apenas por viver, porque você tem que trabalhar e sustentar os filhos. Cadê o sentimento nisso?
Gente, encontrem seu verdadeiro Eu e cuide bem dele! Afinal, é o único que vai pro túmulo com você.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Educação

Mais precisamente gostaria de abordar aqui a educação que os pais dão aos seus filhos. Ou a falta dela.
Não tem coisa mais preciosa que a vida de um filho. Mas e como cuidar desse filho? Eles não vêm com manual de instrução. E aí cada pai educa como achar melhor. Mas isso é o melhor pra criança?
Por que vemos tantos casos de jovens de classe média alta cometendo tantos crimes hoje em dia? Antigamente se cometia crime pra sobreviver, pra comprar o que comer. Hoje em dia digo que crime virou moda. Mata-se por orgulho, vingança, ciúmes, vaidade e por aí vai...
Fico me perguntando de onde vem isso. Será que nosso instinto selvagem nos torna assim, tão cruéis? O que será que nos tornou tão irracionais.
Acredito que uma boa criação seja a prevenção de tudo. Não digo que se deve colocar seu filho na melhor escola de todas, a mais cara. Simplesmente deve-se tratar a criança com muito carinho e afeto, pra que ela não distorça tudo e vá procurar isso de uma maneira inadequada.
E dar amor e carinho não significa aceitar tudo o que a criança quer. Poxa, o que uma criança de 2 ou 3 anos sabe sobre a saúde dela? Ela só quer o que lhe dá prazer. Ela quer tomar sorvete toda hora, pra que comer aqueles vegetais horríveis? Mas isso fará bem a ela, os pais, por obrigação, tem que saber disso, e mesmo com a relutância, devem insistir pra que coma também os vegetais. Isso de forma exemplificada, vai pode-se generalizar a tudo na vida da criança.

terça-feira, 4 de março de 2008

Hipocrisia

Hipocrisia: s. f. Manifestação de fingidas virtudes, sentimentos bons, devoção religiosa, compaixão, etc.; fingimento, falsidade.
E aí eu pergunto: você é hipócrita?
Acho que nunca vi uma simples pergunta levantar tanta mentira. Afinal todos queremos que pensem o melhor de nossa imagem. Queremos que as pessoas tenham inveja de quem somos e que, quem sabe, queiram ser como nós.
Eu acredito que se não todos os seres humanos, pelo menos grande parte de nós somos hipócritas. Que horrível isso, não?
Talvez você me questione: mas eu não sou hipócrita! E com certeza não é. Não é uma pessoa corrupta, nunca roubou ninguém, ganha sua vida honestamente, tem sua família, seus filhos.
Mas, por acaso você já aceitou um emprego ao qual você não precisou passar por prova nenhuma, apenas conhecia alguém da diretoria? Você já se prometeu que quando ganhar dinheiro o suficiente você ajudaria as famílias menos favorecidas? Você já disse pra uma amiga "pode contar comigo" mas no fim das contas a deixou na mão porque não aguentava mais ela reclamar do ex dela? Você já aceitou um pequeno favor em troca de deixar passar algumas coisas na vigilância sanitária de um restaurante?
Hoje em dia é quase impossível não ser hipócrita, se quiser tentar levar uma vida justa e honesta. Entramos em dilema quase todos os dias.
Algum tempo atrás soube que para passar no concurso A era necessário conhecer alguém lá de dentro. Fiquei morrendo de raiva, pois uma pessoa qualificada com certeza perderia uma vaga para alguém, se não totalmente, pelo menos não tão qualificada quanto a outra. Mas aí soube que um conhecido meu talvez conseguiria um esquema pra mim. Fiquei feliz! Dali um pouco parei e pensei: como sou hipócrita! Estou aceitando uma oferta que há pouco condenava! E aí? Como faço? Aceito o cargo pois pelo menos eu conseguiria um emprego? Ou abriria mão disso pois não quero conseguir um emprego dessa forma? Quero um emprego digno onde eu trabalhe porque tenho competência para o cargo. Mas e aí, deixo que outra pessoa que também tenha um esquema assuma esse cargo? porque convenhamos, hoje em dia, do jeito que as coisas estão, não tem como essa coisa de QI(Quem Indica) acabar. Se eu não aceitar o cargo, com certeza outra pessoa o fará. E será que aquela pessoa que aceitar vai ser mais competente que eu naquele cargo? Ai quanta dúvida!
Mas resolvi deixar minhas questões de lado pra abrir uma questão ainda maior: Como viver nesse mundo? Tento combater esse QI? Ou entro no jogo também? Infelizmente é uma luta muito desgastante tentar combater isso. O pior é tentar provar que realmente isso existe.
Aí me peguei pensando em outra questão: se somente os bons entram, como ficam aqueles razoáveis? Será que eles vão conseguir um emprego também, se não tiver quem os indique? E a resposta logo consegui: lógico que vão! Quem é razoável, com um pouco de esforço e estudo consegue se destacar. O que o fim do QI traria seria apenas o fim de pessoas sem competência para tal cargo. Pelo menos as pessoas teriam que se esforçar e entender bem o que estão fazendo, no fim das contas todo mundo sairia ganhando.
Pois imagina só um médico que passou no concurso pra trabalhar num hospital municipal. Na verdade ele não sabe muita coisa de medicina, apenas fez medicina em uma universidade qualquer para obter o diploma já que seu pai, o prefeito da cidade, iria conseguir o emprego pra ele de qualquer jeito. Além do que o salário é bem atrativo. Agora imagina quantas pessoas da cidade ele terá que atender, quantas pessoas que vão procurar seus serviços pois têm problemas de saúde. Quantas pessoas irão morrer devido à sua incompetência para esse cargo? O seu desinteresse provavelmente acabará em muitas perdas. Ou seja, quem paga por isso é a população. E isso é justo?

Só pra completar queria dizer que não, não assumi o cargo através de QI, continuo desempregada.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Sonhos

Eu particularmente tenho grandes dúvidas sobre os sonhos. Ainda mais com essa pá de informações a que tive acesso.
Grande parte de mim, aquela uma parte que quer comprovações científicas de tudo, acredita que os sonhos são apenas um reflexo da descarga neural, com todos aqueles estágios pra embalar um bom sono. Mas, como um bom ser humano complexo, tenho que pelo menos considerar outras idéias.
Freud disse que os sonhos são trabalho do nosso inconsciente. Traumas passados, situações mal resolvidas, problemas do dia.
Yung já diz ser visões do futuro.
Há quem diga que os sonhos são nossas tais viagens astrais. Onde nossa alma deixa o corpo carnal e viaja para onde quiser ir.
Hoje eu tento relacionar meus sonhos dentro das inúmeras possibilidades. Nem sempre chego em uma resposta. Além do que ainda não consegui fazer projeção astral consciente, e isso limita minha crença um pouco. Sou do tipo que tem que ver com os próprios olhos pra acreditar. E tento encontrar uma opção de interpretação pra cada um dos conceitos sobre os sonhos. Ou pelo menos vejo uma que se acerta ao sonho.
Por exemplo, tive um sonho uma vez em que estava na frente do colégio onde estudava fumando. Não fumava naquela época. Lembro que estava de cara fechada, como se estivesse de mau humor, encostada na parede, onde apoiava um dos pés. Eu devia estar no colegial, algo assim. Logo chegou uma amiga minha na época. A mãe levou de carro, como fazia todos os dias. Mas nesse dia do sonho, em especial, assim que a vi descendo do carro, joguei a bituca de cigarro longe e virei as costas pra menina. E esse foi meu sonho.
Na época em que sonhei, era muito amiga dessa tal menina. Adorava passar as tardes com ela, a gente se dava bem. Até cheguei a comentar esse sonho um dia pra ela. Achamos que era besteia e rimos. Nada demais.
Alguns anos depois tivemos uma briga. Mas briga feia onde uma vira a cara pra outra e começa a desejar mal a ela. Uma pena. Mas tudo bem, são coisas da vida. No meio desse rolo todo lembrei desse sonho e cheguei a pensar se aquilo não era uma espécie de aviso do futuro.
Ou então outro sonho que tive por muitos anos. Onde eu estava em um prédio. E seja por qual razão, eu subia pro terraço. O elevador não era nada seguro e eu morria de medo de cair dele, ou pior: cair COM ele! Chegando no terraço eu via que o prédio estava na verdade em construção, ou reforma. E não sei por qual razão vou para a beira do prédio. Talvez quisesse ver o que estava acontecendo lá embaixo (e aqui faço um parênteses pois em um dos sonhos realmente tive desculpa para verificar o que ocorria lá embaixo. Uma vez que o prédio tinha sido dominado por ladrões e havia policiais tentando invadir). Só sei que ao chegar no canto, o tijolo ou seja lá que material usam para fazer o chão, se quebrou e eu caio. Sinto toda a queda até bem perto do chão, todo meu desespero. Mas nunca cheguei a me esborrachar. Minha terapeuta disse uma vez que depois que a tensão passa a gente acorda. Talvez minha tensão esteja na queda pelo meu medo de altura e não na morte, como eu costumava achar. Esse sonho realmente fortificou meu medo de altura.
Enfim, temos milhares e milhares de sonhos por noite (ou dia, dependendo do caso). Eu gostaria realmente de saber o que eles querem dizer, se é que querem dizer alguma coisa mesmo.

Consumismo

Infelizmente nossa sociedade vive em um mundo desconfiado e superficial. Ninguém tem realmente tempo pra prestar atenção em alguém, muito menos tentar entender essa pessoa (com exceção aos psicólogos e etc pois este é o seu trabalho). Mas para ser totalmente honesta acredito que a grande maior parte da civilização nem sequer está interessada em entender o próximo.
Pode ser que esse estilo de vida consumista a que somos "programados" nos têm direcionado para a superficialidade, talvez seja algo mais complexo ainda. Mas que realmente temos tendência a "descartar" o que não nos convém ou o que não nos interessa mais. Assim somos com roupas, celulares, fogões, geladeiras, carros... E será que somos assim com seres humanos também? Sim, acredito que a grande maioria o faz sem sequer ter consciência disso. Descartamos amigos que hoje em dia discordam de nossos pensamentos, descartamos conhecidos que possam nos criar problemas, descartamos pessoas que nos deixam constrangidos.
Aprendemos a ser assim, aprendemos a substituir. Se hoje eu perdi um grande amor, "preencho" esse vazio com compras compras compras, ou então com festas e baladas. Mas sequer paramos para pensar no imenso mal que isso nos traz?
Infelizmente aprendi com meus próprios erros. Já descartei pessoas da mesma forma que fui descartada. Talvez nem soubesse o que aquilo significava.
Para mim muitas pessoas já serviram de "preenche-vazio", da mesma forma como assim fui para tantas outras. E não, na época não tinha consciência disso. Não sabia o que tudo isso significava. Hoje sei melhor: eu apenas tentava arranjar um sentimento substituto para um grande vazio que sentia (seja pelo motivo que for, morte de alguém próximo, término de namoro, carência, ...), da mesma forma que as pessoas que me "usaram" também.
Como o mundo hoje gira em torno do consumismo, o que é mais visado é a unificação dos gostos. No fundo no fundo tentam nos tranformar em pessoas em alma, sem conscientização. Pequenos bonecos sendo manipulados pelos grandes.
E assim nos deixamos levar.
Hoje, depois de muito sofrimento, muito custo e algumas boas amizades perdidas, me dei conta do quão fútil esteja sendo. Aceitando simplesmente tudo o que me era colocado na frente. Chegou uma hora que não sabia mais o que realmente queria ou o que gostava de fazer. Simplesmente fazia porque eu tinha que fazer. Um absurdo isso, não? Mas talvez isso aconteça com você e você nem tenha se dado conta ainda.
Creio que a grande maioria vive em uma pscina de ilusão, onde tudo é maravilhoso, ou se não é, se tornará a ser. Mas não, a vida não é um mar de rosas, a vida não é justa! Mas podemos torná-la divertida, podemos fazê-la valer a pena.
Ainda não estou 100% não-consumista. E nem pretendo chegar a esse ponto. Apenas quero encontrar um meio termo saudável tanto pra mim quanto para as pessoas que vivem ao meu redor.
Aprendi que comprar mais roupas, tênis, bolsas e etc não vai substituir aquele amor que foi embora. Aprendi que verdadeiras amizades ficam, apesar de nossos pensamentos fluírem em sentidos opostos. Aprendi que às vezes idealizamos pessoas, tornando-as quem gostaríamos que elas fossem, e não quem elas realmente são. Aprendi que não preciso de 500 mil blusinhas se tenho o suficiente para usar durante o ano. Aprendi muitas coisas... Mas a principal foi que aprendi a gostar do que realmente gosto e a ser eu mesma!